Missa e Crisma na Paróquia de São Sebastião, em Olivedos
A comunidade católica da cidade de Olivedos, que
tem São Sebastião como padroeiro, se reuniu na noite desta quinta-feira, 20 de
novembro, para celebrar a Santa Missa com o rito da Crisma. A celebração foi
presidida pelo Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos,
que foi acolhido calorosamente pelos fiéis da paróquia.
Entre catequistas, padrinhos, familiares e toda a
assembleia, um grupo expressivo de 115 jovens e adultos recebeu o sacramento da
Confirmação. Os crismandos foram apresentados ao bispo pelo Pároco, Padre Igor
Matos, que destacou o caminho de preparação realizado ao longo dos últimos anos.
Durante a celebração, Dom Dulcênio conferiu o
sacramento a cada um dos crismandos, confirmando-os na fé e enviando-os à
missão própria de todo cristão batizado.
Homilia
A homilia destacou a fidelidade do povo de Israel diante das
imposições pagãs. Matatias surge como exemplo de coragem ao manter a Aliança,
mostrando que a fé deve permanecer firme mesmo diante das pressões externas.
“O personagem que desponta nessa cena é Matatias; ele diz: “eu,
meus filhos e meus irmãos, continuaremos seguindo a aliança de nossos pais.
Deus nos guarde de abandonarmos sua lei e seus mandamentos”. Diante da
violência e da imposição, o povo testemunha sua fé e esperança em Deus,
confiando-se inteiramente a Ele.
O Evangelho mostrou Jesus chorando sobre Jerusalém, revelando sua
profunda compaixão por um povo que não reconheceu a presença de Deus. O contraste
entre o pranto e o anúncio da ruína evidencia o peso da rejeição à visitação
divina.
“É uma das páginas evangélicas em que aparece mais claramente a
profunda humanidade de Jesus que, como qualquer pessoa, se comove e chora
diante de fatos que provocam sofrimentos. [...] Jerusalém, etimologicamente
significa “cidade de paz”, não compreendeu aquilo que lhe é oferecido, não
soube reconhecer o tempo no qual fora “visitada”, comentou.
Dom Dulcênio comparou Jerusalém à alma humana que se deixa dominar
pelo pecado. Assim como a cidade destruída, o coração que rejeita a graça perde
beleza espiritual e seus dons. O evangelho torna-se um alerta para as
consequências da infidelidade.
“[...[O santo evangelho, convida-nos a que passemos um pouco nas
desventuras que sobrevêm à alma infiel, que pelo pecado fica só feia, mas
totalmente arruinada; nada nela fica dos dons da graça que o Senhor tinha
derramado, nada das virtudes, nada dos dons do Espirito Santo; estão ausentes
dela Deus, seu temos e sua graça, sua bondade e seu amor”, disse.
A homilia concluiu mostrando que o Espírito Santo reconstrói a
alma aberta à graça, formando nela as virtudes e conduzindo ao amor. Quando o
cristão vive movido pela caridade, encontra paz e comunhão com Deus. Por isso,
cada fiel é chamado a perguntar-se se sua vida gera alegria ou tristeza ao
coração de Cristo.
“E quando no cristão, a virtude teologal da caridade, ou o amor,
chega a transformar-se em raiz e explicação de toda a vida, quando tudo se faz
não só com amor, mas sobretudo por amor, mas vive-lo em tudo e em todos, então
a paz inunda nosso interior e ali na intimidade mais profunda do nosso ser
escutamos a voz de nosso Pai que nos diz estar contente conosco, que se compraz
em nós e em nossa vida”, concluiu.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Local

























