É concluída a Visita Pastoral de Dom Dulcênio à Paróquia de Cuité

Postado em 16/11/25 às 21:219 minutos de leitura68 views

A Visita Pastoral Canônica de Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, à Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, em Cuité, foi concluída neste domingo, 16 de novembro, após dias de intensa programação, encontros fraternos e vivência comunitária.

Na manhã deste domingo, Dom Dulcênio reuniu-se com as lideranças das pastorais e movimentos do Setor Cidade, em encontro realizado no auditório do INSS. Cada grupo apresentou suas atividades, dinâmicas e desafios próprios. Atento às realidades apresentadas, o bispo ofereceu orientações para o fortalecimento das ações pastorais, sugerindo caminhos que promovam uma evangelização ainda mais fecunda. Reconheceu também o empenho, a dedicação e a unidade dos diversos grupos e comunidades, destacando a vivência concreta da sinodalidade na vida paroquial.

À tarde, a visita foi encerrada com a celebração da Santa Missa, concelebrada pelo Pároco, Pe. João Paulo, e pelo Vigário Paroquial, Pe. Marcos Souza, com o apoio dos seminaristas. Durante a liturgia, Dom Dulcênio administrou o Sacramento da Crisma a 42 adultos provenientes do Encontro de Casais com Cristo (ECC). A celebração reuniu centenas de fiéis, que participaram com alegria e gratidão pelo bom êxito da visita pastoral, vivenciada como um tempo de renovação espiritual e fortalecimento da fé.

Ao final, o prelado expressou profunda gratidão pela acolhida da comunidade, pela vitalidade das pastorais e pelo testemunho de unidade apresentado pelas comunidades da paróquia. Agradeceu aos padres pela fraternidade e pelo trabalho dedicado à evangelização. A celebração marcou, assim, o encerramento de uma visita pastoral frutuosa, que reforçou os laços de comunhão entre o Bispo Diocesano e o povo de Deus de Nossa Senhora das Mercês.

Homilia

Dom Dulcênio recordou que a Liturgia nos conduz ao mistério do fim dos tempos e à vinda gloriosa de Cristo. O profeta Malaquias anuncia o “Dia do Senhor” como luz para os justos e juízo para os que vivem na soberba.

“Somos levados ao pensamento escatológico do fim dos tempos, do começo da eternidade, mas, sobretudo da vinda gloriosa de Cristo, que destruirá tudo o que é passageiro. para os que temem o Senhor, entretanto, um dia de claridade, de salvação. Embalados pelo que cantamos no Salmo Responsorial, podemos dizer mais: para os que temem o Senhor e O amam será um dia de exaltação o fato de Deus julgar a todos, já que o fará definitivamente, com justiça e equidade (cf. SI 97,9)”.

Retomando São Paulo, o bispo destacou que a espera pelo Dia do Senhor exige empenho e coerência. O apóstolo alerta contra a ociosidade e chama ao trabalho e à responsabilidade espiritual. Quem vive distraído ou acomodado perde de vista o convite de Deus ao banquete eterno.

“"Quem não quer trabalhar, também não deve comer" (cf. 2Ts 3,10). Trabalhemos, pois para aquele dia imprevisível, e que, a cada vez mais, se nos achega. Trabalhemos e trabalhemo-nos; há muito o que fazer! Ainda que nos esforcemos e sejamos visitados pela tentação do cansaço, não fiquemos no ócio, que nos traz consigo tantos e perigosos pecados. Tudo vale a pena para estarmos atentos, prontos para o Dia do Senhor”, destacou.

Ao comentar o Evangelho, o prelado lembrou que nem o majestoso Templo de Jerusalém resistiu ao tempo. Cristo o substitui com o seu próprio Corpo, formando a Igreja como novo templo vivo.

“"Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído" (Le 21,6). O Templo de Jerusalém foi destruído por Jesus, que veio para pôr fim às imagens e às sombras, constituindo em seu lugar a realidade da Sua Igreja, que se reúne no amor do próprio Cristo. E como Ele decretou o fim do Templo dos judeus? Com o Seu Corpo estendido na Cruz para a nossa salvação. Por isso é que Ele disse: "Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim" (Jo 12,32)”, disse.

Por isso, Dom Dulcênio insistiu na vigilância, na oração e na firmeza. Os sinais dos tempos não devem gerar medo, mas conversão. A caridade, a fé e a perseverança nos preparam para acolher o amor de Deus, que deseja salvar a todos.

“Os sinais nos prepararão para a firmeza, porque, por ela, ganharemos a eternidade tão ansiada (cf. Lc 21,19). Que os apelos à vigilância e à preparação interior tão ressonantes nestes dias conscientizem-nos para que nos abramos a tais experiências do amor de Deus, que, por amar a todos, deseja a todos salvar (cf. 1Tm 2, 4), não querendo que alguém se perca”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial



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