É concluída a Visita Pastoral de Dom Dulcênio à Paróquia de Cuité
A Visita Pastoral Canônica de Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo
Diocesano de Campina Grande, à Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, em Cuité,
foi concluída neste domingo, 16 de novembro, após dias de intensa programação,
encontros fraternos e vivência comunitária.
Na manhã deste domingo, Dom Dulcênio reuniu-se com as lideranças
das pastorais e movimentos do Setor Cidade, em encontro realizado no auditório
do INSS. Cada grupo apresentou suas atividades, dinâmicas e desafios próprios.
Atento às realidades apresentadas, o bispo ofereceu orientações para o
fortalecimento das ações pastorais, sugerindo caminhos que promovam uma
evangelização ainda mais fecunda. Reconheceu também o empenho, a dedicação e a
unidade dos diversos grupos e comunidades, destacando a vivência concreta da
sinodalidade na vida paroquial.
À tarde, a visita foi encerrada com a celebração da Santa Missa,
concelebrada pelo Pároco, Pe. João Paulo, e pelo Vigário Paroquial, Pe. Marcos
Souza, com o apoio dos seminaristas. Durante a liturgia, Dom Dulcênio
administrou o Sacramento da Crisma a 42 adultos provenientes do Encontro de
Casais com Cristo (ECC). A celebração reuniu centenas de fiéis, que
participaram com alegria e gratidão pelo bom êxito da visita pastoral,
vivenciada como um tempo de renovação espiritual e fortalecimento da fé.
Ao final, o prelado expressou profunda gratidão pela acolhida da
comunidade, pela vitalidade das pastorais e pelo testemunho de unidade
apresentado pelas comunidades da paróquia. Agradeceu aos padres pela
fraternidade e pelo trabalho dedicado à evangelização. A celebração marcou,
assim, o encerramento de uma visita pastoral frutuosa, que reforçou os laços de
comunhão entre o Bispo Diocesano e o povo de Deus de Nossa Senhora das Mercês.
Homilia
Dom Dulcênio recordou que a Liturgia nos conduz ao mistério do fim
dos tempos e à vinda gloriosa de Cristo. O profeta Malaquias anuncia o “Dia do
Senhor” como luz para os justos e juízo para os que vivem na soberba.
“Somos levados ao pensamento escatológico do fim dos tempos, do
começo da eternidade, mas, sobretudo da vinda gloriosa de Cristo, que destruirá
tudo o que é passageiro. para os que temem o Senhor, entretanto, um dia de
claridade, de salvação. Embalados pelo que cantamos no Salmo Responsorial,
podemos dizer mais: para os que temem o Senhor e O amam será um dia de
exaltação o fato de Deus julgar a todos, já que o fará definitivamente, com
justiça e equidade (cf. SI 97,9)”.
Retomando São Paulo, o bispo destacou que a espera pelo Dia do
Senhor exige empenho e coerência. O apóstolo alerta contra a ociosidade e chama
ao trabalho e à responsabilidade espiritual. Quem vive distraído ou acomodado
perde de vista o convite de Deus ao banquete eterno.
“"Quem não quer trabalhar, também não deve comer" (cf.
2Ts 3,10). Trabalhemos, pois para aquele dia imprevisível, e que, a cada vez
mais, se nos achega. Trabalhemos e trabalhemo-nos; há muito o que fazer! Ainda
que nos esforcemos e sejamos visitados pela tentação do cansaço, não fiquemos
no ócio, que nos traz consigo tantos e perigosos pecados. Tudo vale a pena para
estarmos atentos, prontos para o Dia do Senhor”, destacou.
Ao comentar o Evangelho, o prelado lembrou que nem o majestoso
Templo de Jerusalém resistiu ao tempo. Cristo o substitui com o seu próprio
Corpo, formando a Igreja como novo templo vivo.
“"Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será
destruído" (Le 21,6). O Templo de Jerusalém foi destruído por Jesus, que
veio para pôr fim às imagens e às sombras, constituindo em seu lugar a
realidade da Sua Igreja, que se reúne no amor do próprio Cristo. E como Ele
decretou o fim do Templo dos judeus? Com o Seu Corpo estendido na Cruz para a
nossa salvação. Por isso é que Ele disse: "Quando eu for levantado da
terra, atrairei todos a mim" (Jo 12,32)”, disse.
Por isso, Dom Dulcênio insistiu na vigilância, na oração e na
firmeza. Os sinais dos tempos não devem gerar medo, mas conversão. A caridade,
a fé e a perseverança nos preparam para acolher o amor de Deus, que deseja
salvar a todos.
“Os sinais nos prepararão para a firmeza, porque, por ela,
ganharemos a eternidade tão ansiada (cf. Lc 21,19). Que os apelos à vigilância
e à preparação interior tão ressonantes nestes dias conscientizem-nos para que
nos abramos a tais experiências do amor de Deus, que, por amar a todos, deseja
a todos salvar (cf. 1Tm 2, 4), não querendo que alguém se perca”, findou.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Paroquial































