XXV Domingo do Tempo Comum: Missa na Catedral e em Queimadas

Postado em 22/09/25 às 01:337 minutos de leitura47 views

Neste domingo, 21 de setembro, em celebração ao XXV Domingo do Tempo Comum, Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, presidiu duas celebrações Eucarísticas.

Pela manhã, Dom Dulcênio celebrou a tradicional Missa do Lar, na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição. A celebração foi concelebrada pelo Padre Luciano Guedes, Vigário Geral e Pároco da Catedral, com assistência do Diácono Anderson e de seminaristas. A Eucaristia reuniu os fiéis na Igreja Mãe da Diocese, além daqueles que acompanharam a celebração por meio da transmissão.

Homilia

Dom Dulcênio recordou que tudo o que vivemos é permitido por Deus para nossa santificação, inclusive os bens que Ele nos confia. Somos chamados a ser canais da providência divina, especialmente para os sofredores. A meta é a salvação e o conhecimento da verdade, que é Cristo.

“Tudo o que acontece na nossa vida é consentido por Deus para a nossa santificação. Tudo. Nesta totalidade, também os bens que Ele nos confia em Sua providência, para que, desta mesma providência, sejamos canais na vida do próximo, principalmente dos sofredores”, iniciou.

A santidade se constrói nas ações concretas do dia a dia. Não basta praticar ritos religiosos se nossas atitudes são marcadas por injustiça, ganância e desrespeito aos pobres. Como nos alerta o profeta Amós, Deus rejeita a religiosidade vazia.

“Porque não adianta sermos religiosos, dizermo-nos cumpridores da Lei se não a transformamos em vida; se não transformamos a nossa vida; se praticamos a injustiça, a trapaça, o ódio… Caso contrário, a nossa atitude religiosa será esvaziada, será um contra-testemunho, como denunciou Deus pelo Profeta Amós [...]”.

Por fim, Dom Dulcênio exortou à oração pelos que têm poder, pois muito lhes será exigido. O poder e a riqueza são grandes tentações, e um coração corrompido por eles causa grande miséria. Cada um deve usar o que tem – pouco ou muito – para fazer o bem.

“Tendo em mente o que disse Jesus – ‘A quem muito foi dado, muito lhe será pedido; a quem muito foi confiado, dele será exigido muito mais’ [...] Rezemos e atentemo-nos para que em meio ao que dispomos nós – pouco ou muito – usemos de tudo o que está ao nosso alcance para conquistarmos o céu através daqueles que nos receberão nas moradas eternas”, concluiu.

Missa na festa de Nossa Senhora da Guia, em Queimadas

À noite, o Bispo Diocesano esteve na cidade de Queimadas, onde participou das festividades em honra à padroeira local, Nossa Senhora da Guia. A missa marcou a oitava noite do novenário, que segue até o dia 24 de setembro.

Dom Dulcênio foi acolhido pelo Padre Francisco Evaristo, Pároco local, que também concelebraram a Santa Missa. A comunidade católica de Queimadas, vivenciando com fé esse tempo festivo, participou com devoção de mais uma noite de preparação para a grande festa da padroeira, a Senhora da Guia.

Homilia

Diante da confusão moral e espiritual do mundo atual, Dom Dulcênio convida os fiéis a rejeitarem o relativismo e a buscarem o Céu como destino verdadeiro da vida. A liturgia do XXV Domingo do Tempo Comum reforça essa urgência de viver com os pés na terra, mas com o coração no Céu.

“Diante de um mundo ilusório e mentiroso, que prega o relativismo, a transmutação de valores, a imoralidade e a morte de Deus [...] temos uma grande carga na Liturgia da Palavra deste XXV Domingo do Tempo Comum que nos faz refletir sobre a urgência de buscarmos o Céu como meta bastante da existência humana”, disse.

Dom Dulcênio lembrou que, em um mundo que glorifica os “espertos”, o Céu é reservado aos que vivem com sinceridade, fé e esforço pela verdade. A salvação, dom gratuito de Deus, exige resposta humana, uma vida coerente com os ensinamentos de Cristo.

“Dizem que o mundo é dos espertos. E nos questionamos: e o Céu para quem está reservado? Creio que a Pátria Celeste seja para aqueles que se esforçam pela busca da verdade. [...] o que é a verdade? [...] Jesus já havia revelado, tempos antes, o que é isto, a verdade - ou melhor, quem é ela, a verdade: ‘Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida’ (Jo 14,6). [...] E, desde já, somos chamados a viver como salvos. ‘Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade’ (1Tm 2,4)”, pregou.

A Liturgia apresenta o orgulho como raiz de vários males sociais e espirituais. Por isso, Dom Dulcênio reforçou o apelo de São Paulo: rezar pelas autoridades e por todos os que têm poder, pois sobre eles recaem maiores tentações e responsabilidades.

“A soberba de uma vida sem Deus é uma aposta na mentira [...] quanto maior o poder exercido neste mundo, a tentação deste pecado se faz mormente pela corrupção [...]. Por isso que São Paulo pede que rezemos ‘pelos que nos governam e por todos os que ocupam altos cargos’ (1Tm 2,2)”, trouxe.

Por fim, Dom Dulcênio, ecoando Jesus e os santos, chamou à vigilância e ao empenho radical pela vida eterna. Santo Agostinho e São Josemaría reforçam essa ideia, mostrando que a verdadeira ambição deve ser espiritual. O Céu não se alcança por acaso, mas com esforço, oração e um coração voltado para Deus.

“Não porque aquele servo fosse um exemplo a ser imitado, mas porque foi previdente em relação ao futuro, a fim de que se envergonhe o cristão que não tenha essa determinação.” [...] “Sejamos ambiciosos do Céu. Percamos noites planejando como o alcançaremos [...] deveremos nos aplicar em fazer por onde conquistá-lo, almejando-o, grandemente, com o nosso ser”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral e Queimadas



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