Paróquia de Serra Branca celebra com júbilo seu Jubileu de 75 anos de criação
A
Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, situada em Serra Branca, vive um tempo
especial de graças e júbilo ao celebrar seus 75 anos de criação. Fundada em 20
de setembro de 1950, a Paróquia comemora este marco histórico com uma
programação festiva que teve início no dia 17 de setembro, marcada por tríduo
com missas, momentos de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento.
O
ponto alto da celebração aconteceu neste dia 20, data oficial de Ereção Canônica
da Paróquia, com a solene Missa Jubilar presidida por Dom Dulcênio Fontes de
Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande. A celebração reuniu a comunidade
paroquial em torno do Altar do Senhor, com a presença do Pároco local, Pe.
Joselito, e Padre Tarcísio, num momento de profunda ação de graças pelos frutos
da evangelização nesta porção do Povo de Deus.
Em
sua fala, Dom Dulcênio parabenizou a paróquia pela caminhada evangelizadora e
exortou os fiéis à perseverança na fé, para que continuem sendo um farol de luz
e esperança neste recanto do Cariri.
O
Pároco, Pe. Joselito, também dirigiu palavras de agradecimento a Deus e à
comunidade. “São 75 anos de história, de fé vivida, de missão e de compromisso
com o Evangelho. Agradecemos aos padres que por aqui passaram, e sobretudo ao
povo de Deus, que sustenta esta igreja com sua fé e participação ativa”,
afirmou.
Homilia
À
luz do Evangelho, Dom Dulcênio destacou que o amor é a síntese dos Mandamentos
e deve se expressar no serviço ao próximo. A justiça social, nesse sentido, é
um testemunho de fé. O Evangelho nos lembra que o uso dos bens deve refletir a
caridade, e não o egoísmo, sendo a partilha um sinal de fidelidade a Deus.
“Diante da síntese dos Mandamentos, o amor, o cristão se
depara com o constante desafio de servir a Deus, servindo o próximo, inclusive
nas relações justas que testificam a nossa fé e a anunciam. Eis ao que, pela
Liturgia da Palavra deste XXV Domingo Comum, somos chamados a refletir”,
destacou.
Dom
Dulcênio também alertou para os riscos do apego ao dinheiro, como no caso de
Ananias e Safira. A profecia de Amós denuncia práticas de exploração ainda
presentes hoje. Somos apenas administradores dos bens de Deus, e a justiça deve
guiar nossas ações, pois a quem muito foi dado, muito será cobrado.
“Somos administradores dos bens de Deus; de tudo o que Ele,
na Sua bondade libérrima, criou, pondo à nossa disposição. […] Aquele, que é o
verdadeiro e único rico […] entregou-nos, em nossas mãos, o que é Seu para,
pelas atitudes de justiça, sermos solícitos com Ele e uns com os outro”,disse.
Citando
Leão XIII e João Paulo II, o bispo reforçou que a propriedade tem um valor
natural, mas deve beneficiar a todos. O fiel é chamado a orar pelos governantes
e a agir com justiça, pois a verdadeira fé se revela também na construção de um
mundo mais fraterno e solidário.
“Lembremo-nos: somos administradores do que é de Deus, dos
Seus bens que Ele põe em nossas mãos, para que, justamente, dignifiquemos o
próximo […] pois, Deus ‘quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao
conhecimento da verdade’ (1Tm 2,4), como escutamos na Segunda Leitura”, trouxe.
Falando
sobre o jubileu, o prelado ressaltou a fé e a história dessa comunidade, já
devota de Maria antes mesmo da criação oficial da paróquia em 1950. Destacou o
trabalho de “Mestre Luiz” na construção do templo e o espírito do povo,
inspirado no lema de Dom Anselmo: “Servir à graça e à verdade”.
“Está
estimada Paróquia, erigida canonicamente aos 20/09/1950 pelo então Bispo
Diocesano, Dom Anselmo Pietrulla, OFM., desmembrou-se da Paróquia de Nossa
Senhora dos Milagres em São João do Cariri. Mas antes mesmo disso, está Igreja
já carregava grande devoção e fé pela Santa Mãe de Deus. Queridos irmãos,
estamos diante de um templo edificado, inicialmente, entre os anos de 1909 e
1910 pelo pedreiro Luiz Gomes, ou como era carinhosamente conhecido, ‘Mestre
Luiz’, que mostra até onde pode chegar o amor verdadeiro pelo Igreja.”
Também
foram lembradas com carinho as tradições vivas da paróquia, como procissões,
alvoradas e quermesses, sinais da devoção popular. A presença de Nossa Senhora
da Conceição, padroeira e guia, é celebrada como luz que brilha intensamente na
vida do povo, como canta o hino: “Brilha mais na terra de Maria Conceição”.
Muitos
fiéis lembram com muito carinho e estima das mais diversas ocasiões que
marcavam o ano litúrgico na Paróquia [...] as chamadas ‘Filhas de Maria’ que
eram grandes devotas que acompanhavam as procissões [...] as alvoradas às 06h
da manhã e principalmente as procissões propriamente ditas... Nossa Senhora da
Conceição é a rainha do céu e da terra, coroada de estrelas e que brilha na
terra para guiar os seus fiéis [...] ‘Porém, brilha mais na terra de Maria
Conceição.’”, findou.
Sobre
a Paróquia
A
Paróquia de Nossa Senhora da Conceição foi erigida em 20 de setembro de 1950
por Dom Anselmo Pietrula, então bispo da Diocese de Campina Grande. Antes
disso, a comunidade de Serra Branca fazia parte da Paróquia de São João do
Cariri. Atualmente, a paróquia é composta por 25 comunidades, incluindo uma no
município de Coxixola, e já foi pastoreada por nove sacerdotes ao longo de sua
história.
Em
75 anos de missão, a Paróquia de Serra Branca segue firme no propósito de
anunciar o Evangelho, fortalecer a fé e promover a comunhão entre os filhos e
filhas de Deus, sob a proteção materna de Nossa Senhora da Conceição.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial