“Pro Mundi Vita”: Dom Dulcênio Celebra 24 anos de Ordenação Episcopal

Atualizado em 17/06/25 às 00:2310 minutos de leitura55 views

A Diocese de Campina Grande viveu, na tarde desta segunda-feira (16), um momento de fé, gratidão e comunhão, ao celebrar os 24 anos de Ordenação Episcopal de Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano. A solene missa aconteceu no Seminário Diocesano São João Maria Vianney e reuniu clérigos, religiosos, religiosas e fiéis leigos para a ação de graças.

A Santa Missa contou, também, com a presença de três irmãos no Episcopado: Dom José Ruy, da Diocese de Caruaru, Dom Antônio Carlos, da Diocese de Petrolina, e Dom Genival Saraiva, Bispo Emérito de Palmares, que se uniram a Dom Dulcênio nesta significativa data. O momento foi marcado por manifestações de reconhecimento e carinho pela missão pastoral exercida ao longo de mais de duas décadas.

Ordenado bispo em 16 de junho de 2001, na Diocese de Estância (SE), Dom Dulcênio recebeu a imposição das mãos de Dom Hildebrando Mendes Costa, então bispo daquela Igreja Particular, hoje Emérito. Seu lema episcopal, Pro Mundi Vita — "Para a vida do mundo" — reflete a entrega e dedicação ao serviço do povo de Deus.

A celebração também teve um caráter vocacional especial. Foi ocasião de ação de graças pela conclusão do curso de Teologia dos seminaristas Alan Pereira, Mayke Everson e Miguel Rocha, da Diocese de Campina Grande, e Emerson Sávio e Emerson Souza, da Diocese de Petrolina. Os jovens se preparam agora para os estágios pastorais, etapas importantes rumo à ordenação diaconal e presbiteral.

Ao final da missa, o bispo recebeu diversas homenagens. Entre elas, destacou-se a dos seminaristas da Diocese de Campina Grande, que entregaram um quadro com a linhagem episcopal de Dom Dulcênio, representando a sucessão apostólica.

A obra apresenta uma linha sucessória autêntica que remonta ao ano de 1500 e chega até os dias atuais. De acordo com o conteúdo, a sucessão apostólica foi transmitida, ininterruptamente, por 26 bispos, desde o patriarca de Constantinopla até Dom Dulcênio.

Homilia

Com profunda alegria, Dom Dulcênio iniciou sua pregação agradecendo os seus 24 anos de ordenação episcopal, ressaltando a vocação como um dom de Deus para toda a comunidade.

Ele destacou que o ministério é uma entrega cheia de amor e compromisso, que exige zelo, intercessão e humildade para carregar o rebanho confiado a ele. Essa caminhada, apesar das dificuldades, é sustentada pela fé e pela presença constante de Cristo.

“Com o coração profundamente agradecido, hoje subo ao altar do Senhor para, junto com vocês, celebrar tantos motivos de louvor. Hoje o Senhor nos reúne ao como uma família que celebra, agradece e também se despede. Celebro com alegria meus 24 anos de ordenação episcopal, 24 anos “Para a vida do mundo” (Jo 6,51). Mas celebro também a vida e a vocação de cada um que aqui está, como dom de Deus à Igreja”, trouxe inicialmente.

Ao recordar o chamado de Jeremias, Dom Dulcênio destacou que Deus conhece e escolhe antes mesmo do nosso nascimento, reforçando o mistério e a graça da vocação. Para ele, ser bispo é viver um amor que queima sem consumir, sempre atento ao Evangelho e à missão confiada.

“Hoje, quando retorno com o coração ao dia 16 de junho do ano do Senhor de 2001 — dia da minha ordenação episcopal —, sinto que estas palavras ainda me sustentam: “Eu te consagrei, Eu te enviei, Eu estarei contigo.” A vocação episcopal é ferida de amor. Marca que queima sem consumir. Ser bispo é viver com as sandálias do zelo e os joelhos da intercessão. É carregar nos ombros o rebanho e no coração a cruz do Bom Pastor. E é isso que, com humildade, tenho procurado viver nesses vinte e quatro anos. Nem sempre com a força que eu queria, mas sempre com a fé que Ele me deu”, destacou.

Dirigindo-se aos seminaristas, o bispo os encorajou a abraçar a renúncia e o compromisso, pois o Evangelho não promete facilidades, mas uma vida plena. Ele compartilhou sua experiência pessoal, mostrando que, mesmo com cruzes, nunca lhe faltaram irmãos, missões e a presença da Igreja.

"Queridos seminaristas, não tenham medo da renúncia. O Evangelho não promete facilidades, mas plenitude. Vocês deixarão muita coisa para trás — mas ganharão uma multidão de rostos, de histórias, de irmãos. Ganharão uma Igreja inteira. Um povo que esperará por vocês, mesmo sem conhecê-los, mesmo sem saber seus nomes”, pregou.

Por fim, Dom Dulcênio agradeceu às dioceses, formadores e irmãos no ministério pela comunhão e apoio na formação das vocações. Ele concluiu confiando o seminário, os seminaristas e seu ministério a Maria Santíssima, pedindo que ela os guie a cada dia para responder com generosidade ao chamado divino: “Eis-me aqui, Senhor, envia-me.”

“Concluo com as palavras do salmo que cantamos: “Felizes os que habitam vossa casa, ó Senhor!” Sim, felizes os que habitam esta casa do Senhor, porque nela se escuta a Palavra, se recebe a Graça e se aprende a amar. Que o Senhor continue a nos abençoar e que Maria Santíssima, Mãe dos Sacerdotes, confio esta casa, esta missão e este rebanho. Confio também o ministério episcopal dos meus irmãos aqui presentes, o serviço dos formadores e caminhada dos nossos seminaristas. Que Ela nos ensine a dizer cada dia, como Jeremias: “Eis-me aqui, Senhor, envia-me”, concluiu.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana (Joaquim Urtiga e Matheus Borges)



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