Comunidade de Sossego Celebra Santo Antônio com Missa Solene Presidida por Dom Dulcênio
Neste
13 de junho, dia em que a Igreja celebra Santo Antônio, a Comunidade de Sossego
viveu com grande fervor o encerramento da trezena em honra ao seu padroeiro. A
programação culminou a Missa solene presidida pelo Bispo Diocesano de Campina
Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, reunindo centenas de fiéis em clima de fé
e devoção.
A comunidade pertence à Paróquia de Nossa Senhora do Desterro,
sediada em Baraúna, e contou com a presença do Pároco, Padre Henrique Gustavo,
além de seminaristas que auxiliaram na liturgia. Durante a celebração, Dom
Dulcênio destacou o exemplo de Santo Antônio como modelo de vida cristã e
intercessor do povo simples.
Após
a Missa, os fiéis acompanharam a tradicional procissão com a imagem do
padroeiro pelas principais ruas da cidade, seguida por um momento de
confraternização comunitária. A noite festiva marcou com alegria o encerramento
de mais uma edição da festa, fortalecendo a fé do povo Sosseguense.
Em
sua pregação, o bispo destacou a ligação entre o santo e o povo simples. Mais
do que um intercessor de graças, Santo Antônio é apresentado como modelo de fé,
discípulo missionário e defensor dos pobres.
“Celebramos
hoje com grande alegria e devoção a memória de Santo Antônio de Pádua, um dos
santos mais populares e queridos de toda a Igreja. De Lisboa a Pádua, de Pádua
até Sossego, nossa querida cidade que hoje festeja o seu padroeiro, Santo
Antônio tornou-se conhecido como o “santo dos pobres”, o “santo do povo”, o
“doutor do Evangelho”, aquele que falava com a mesma clareza às multidões e aos
corações simples.
Dom Dulcênio convidou os fiéis a irem além da devoção emotiva.
Santo Antônio, como “sal da terra” e “luz do mundo”, viveu com firmeza a missão
cristã. Suas palavras e ações evangelizavam, não apenas por eloquência, mas por
coerência de vida.
“Mas,
queridos irmãos, precisamos ir além da devoção sensível e popular. Precisamos
olhar para a vida e o testemunho de Santo Antônio como um verdadeiro modelo de
discípulo missionário de Cristo. Santo Antônio não foi apenas um santo de
graças alcançadas. Foi um homem profundamente enraizado na Palavra de Deus. Foi
um Franciscano fervoroso, apaixonado por Cristo e pela Igreja, que dedicou sua
vida à pregação do Evangelho, à defesa da fé contra os erros e heresias de seu
tempo, e ao cuidado amoroso pelos pobres e marginalizados”, refletiu.
Partindo
para a liturgia, remeteu à viúva de Sarepta, que partilha o pouco que tem e é
abençoada por Deus. Essa confiança na Providência, vivida também por Santo
Antônio, ensina a partilhar e acolher, mesmo em meio às dificuldades. Fé e
generosidade caminham juntas na vida cristã.
“No
Primeiro Livro dos Reis, ouvimos a história da viúva de Sarepta (1Rs 17,7-16),
que, mesmo tendo pouco, acolheu o profeta Elias e partilhou com ele o pouco que
possuía. Ali vemos o milagre da Providência: “a farinha da vasilha não se
acabou e o azeite da almotolia não faltou.” Santo Antônio também experimentou e
ensinou a confiar na divina providência. Ele nos recorda que Deus cuida de seus
filhos e não abandona os que nele confiam.”, pregou.
Por
fim, Dom Dulcênio reforçou que Santo Antônio deve inspirar um cristianismo mais
autêntico: fiel à Palavra, sensível ao sofrimento alheio e comprometido com a
justiça. Em tempos de confusão moral, o exemplo do santo aponta para uma fé que
ilumina e transforma vidas.
“Queridos
irmãos e irmãs, Santo Antônio nos convida a redescobrir o valor da Palavra de
Deus, a vivê-la com fidelidade, a anunciá-la com coragem. Em tempos de confusão
moral e relativismo espiritual, precisamos de cristãos que, como ele, sejam sal
e luz — que tenham sabor de Evangelho e brilhem com a luz da fé. Ele nos ensina
também a ter compaixão pelos pobres, a lutar pela justiça, a viver com
simplicidade, a ter o coração aberto para o outro”.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial





















