No Santuário da Divina Misericórdia: Bispo Preside Missa Solene
Neste domingo, 27, o Santuário da Divina
Misericórdia, no Bairro dos Cuités, celebrou com fervor o Domingo da
Misericórdia – neste segundo Domingo da Páscoa. A missa solene das 10h foi
presidida pelo Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos,
que pregou sobre o tema “Do costado aberto do Senhor, eis a Igreja”.
A missa contou com a concelebração do Reitor do Santuário,
Padre Paulo, dos diáconos Eduardo, Walter e Ricardo, além de seminaristas.
Desde as primeiras horas da manhã, o Santuário
recebeu caravanas de peregrinos vindos de diferentes localidades, que se uniram
em oração e devoção; Unidos na fé, vivenciaram intensamente o espírito da
misericórdia.
O Domingo da Misericórdia foi instituído por São
João Paulo II em 2000 e é celebrado pela Igreja Católica como um convite à
confiança no amor misericordioso de Deus, especialmente por meio dos
sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia.
Na homilia proferida por Dom Dulcênio, somos
conduzidos a uma profunda meditação sobre a vida da Igreja como reflexo da
própria vida do Cristo ressuscitado. No contexto do Domingo da Divina
Misericórdia, ele evidenciou a importância da vivência comunitária da fé,
especialmente daqueles que se iniciam na vida cristã, mas também daqueles já
amadurecidos na caminhada.
O bispo iniciou destacando o contraste entre o medo
dos discípulos e as chagas abertas de Jesus, sinal de amor que convida à fé. A
Igreja, com o coração aberto de Cristo, é casa acolhedora para os que buscam
esperança e encontro com Deus.
“Costumava o Papa Francisco dizer acerca do perfil
da Igreja ser ela “uma casa de portas abertas”; e completo: como aberto é o
Coração de Cristo. Logo, a Igreja, expressão do Coração do Senhor, propõe-se,
neste mundo, para tantos corações que estão fechados ou mesmo com sérias
dificuldades de se abrirem. Mas, a Igreja propõe-se como realidade divina para
que entremos no mistério que a abarca”, destacou.
Citando Bento XVI, Dom Dulcênio aprofundou o
desafio de viver a fé num mundo que muitas vezes rejeita o mistério da Igreja.
Ainda assim, sustentada pelo Espírito, ela permanece viva e atuante, oferecendo
a misericórdia de Cristo por meio dos Sacramentos.
“Porém, antes mesmo do convite aos discípulos, a
Tomé e a nós, o Ressuscitado sustenta a Sua Igreja com a presença do Seu
Espírito Santo, robustencendo-a antes mesmo de enviá-la em Seu próprio Nome
para aqueles que necessitam da Sua misericórdia, operada, sobretudo, pelos
Sacramentos, tal como a “Esposa do Ressuscitado” os celebra”, refletiu.
Por fim, Dom Dulcênio conclamou os fiéis a uma
participação viva na Eucaristia dominical, como meio essencial de encontro com
o Senhor e com a comunidade. Assim, a homilia convidou a reconhecer na Igreja,
Corpo místico de Cristo, o lugar onde a fé se alimenta, a esperança se renova e
a misericórdia de Deus se torna palpável.
“É aqui, na comunidade do Ressuscitado, que nos
encontramos com o Senhor; que O experimentamos no Seu Sacrifício de morte e
vida, morrendo para nós mesmos e para este mundo e vivendo para a graça. É aqui
também, na comunidade do Ressuscitado, sob a Sua luz, que nos encontramos como
irmãos. Não descuidemos de sanar a nossa mais fundamental carência na Casa de
Deus e de irmãos, tal como é a experiência a que somos convidados a fazer com o
lado aberto do Ressuscitado, com a Sua Igreja”, disse.
Em suma, o prelado destacou que a verdadeira
experiência com Cristo ressuscitado passa por uma fé que toca e transforma.
Como Tomé, somos convidados a aproximar-nos sem medo das chagas gloriosas e
deixar que o encontro com o Senhor reanime nossa caminhada cristã.
Por: Ascom
Fotos: Pascom do Santuário



















