“Está conosco o Senhor”, destacou Dom Dulcênio na Missa dominical
Com as portas abertas, acolhendo ao
povo de Deus, após duas semanas fechadas por ordem de instâncias civis do
estado, a Catedral voltou a acolher os fiéis para a Missa dominical, que foi
presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, e concelebrada
pelo Padre Luciano Guedes, tendo os trabalhos de assistência litúrgica do
Diácono Ricardo e o serviço dos seminaristas.
Neste XII Domingo do Tempo Comum, a
liturgia propõe uma reflexão em torno da misericórdia de Deus: “Dai Graças ao
Senhor, porque ele é bom”, refrão do Salmo 106. No Evangelho de Marcos 4,
35-41, mais um milagre continua contando a história vida de pública de Jesus,
marcando sua presença no meio do povo.
Sim, “Deus está no conosco”, este foi
o tema da pregação de Dom Dulcênio para este domingo (19), que refletiu também
sobre as dificuldades da vida; apontando para cena evangélica da tempestade, o
Bispo disse que Jesus, estando no meio dos seus apóstolos, fez daquela barca um
púlpito para anunciar os mistérios do Reino.
“O Senhor deseja, singrando os mares
do mundo, chegar a todos, manifestando, universalmente, as maravilhas de Deus.
Neste anúncio, Ele deseja abrir-nos o coração para o acolhimento da fé, para
que, diante das aparentes desventuras que enfrentamos (as mais diversas nas
sucessões dos nossos dias), vejamos tudo sob o prisma do abandono em Deus,
conscientes de que a resposta oferecida pela fé não é o esvaziamento dos
mistérios de Deus e da vida por nós, mas um conformar-nos aos planos divinos,
que sempre concorrem para a nossa salvação, verdadeira e única felicidade que
devemos esperar”, disse.
A pergunta inquietante dos Apóstolos
a Jesus, é se ele estaria preocupado com o que estava acontecendo, isto porque
a barca estava prestes a um naufrágio, entretanto, Cristo, atento ao medo da
sua tripulação, trata de acalma-los:
“O Senhor responde-nos sempre,
acalmando, de antemão, à nossa percepção do nosso perecer nos mares revoltos
dos desafios que nos circundam: ‘por que sois tão medrosos? Ainda não tendes
fé’ (Mc 4,40). Com isto, quer-nos dizer: ‘Acalma-te! Não estou a dormir: estou
contigo! Antes que percebesses a tormenta, eu já cuidava de ti. Ordeno-Lhe, e
tudo me obedece. Eu silencio a borrasca e a repreendo para que, em mim,
repouses. Vê quanta mansidão há no meu coração! Repousa, pois, em mim’”,
comentou.
Por fim, terminou sua pregação
pedindo aos fiéis que agradeçam ao Senhor por sua infinita misericórdia, por
sempre estar no barco de nossas vidas.
Por: Ascom | Correção de Pedro
Freitas
Prints e transmissão: Vinícius Pires,
Pascom da Catedral